sábado, 31 de agosto de 2019


minhas mãos sujas de fragmentos escarrados em linhas de tons poéticos indefinidos
sujeira de palavras distorcidas...
um Eu sem cheiro...
                                 e então...
algo lhe diz que o nada é ser perfeito para tornar ser...o ponto final do inicio de todo o nada...
a construção reconstruída sobre o resto de algo...
ficando sempre a espreita mesmo quando era outro no meu lugar...e o sentimento de antes era mais que o de agora...até se desvencilhar e não perceber que hoje é pra entregar o que não tinha antes de....






Eu sinto dores no pensamento
dores de um Eu desconhecido
que de cara limpa não sabe 
que se seus desejos são meus ou de um outro que gostaria de ser (ter)
e se os pensamentos batessem no chão e se esvaíssem em pedaços
quais deles tocaria
nojo na existência de ser
ele não pode despertar com essa naturalidade mecânica
essas dores matam como loucura
enquanto a afirmação da inutilidade ela é real.
o meu não padrão... não serve...

domingo, 25 de agosto de 2019




Quando não haver tempo
                                 quando não houver cansaço
Quando não restar dor
será tarde para recuperar
                                       para ter energia
Quando vier me buscar
                                       venha limpa da alma












             

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

Eu sou um fragmento...
jamais serei um texto que agrade e de sentido
sou inacabado
ninguém gosta de coisas rasas 

O toque da beleza singelo há de surgir entre os escombros internos..

Há vida longe do Eu que não se encontra?

O texto sangra por não haver palavras que o complete...e ele vai sendo sempre este prenúncio de texto...esse inacabado...esse fragmento sem corpo

domingo, 20 de janeiro de 2019




Sempre foi a sombra
que me consome,me segue e mata
O EU escuro fora da Alma...reflexo de dentro ou de um corpo sem forma ?
Só a sombra que pode me perseguir,me aturar e aguentar o corpo podre,
pois só ela sabe o que é a escuridão que habita..
Não...
Nem a sombra me segue no escuro que tenho...
Não era a sombra...





Ser esquisito...Quase um Extraterrestre
e do outro lado o som vem diferente do imaginado
e aquela simplicidade da calçada
                                      que fez o coração bater?
Falta de Atitude no Toque da Delicadeza...
sem Autonomia dentro do que se é...
Falta ar no espaço geométrico...
                     porém há muito espaço no mesmo...
tanto tempo escuro
                        que falta luz para clarear o ser...
queria ouvir o silêncio dos meus pensamentos...
                             só para desentalar um pouco...
       os sentimentos presos no peito
parece que to manchando a roupa branca...
era só abraçar com o calor do corpo
                 para esquentar o frio de seu inverno






Virarei pó antes de morrer naquele quarto cheio de pessoas
                                                                                  mortas
com suas vozes ecoando no aparelho...
um monte de letras caindo em cima daquele corpo 
                               que se sustenta por pernas finas e cabeludas
Talvez seja os pelos que segure
mas não cobrem as crateras do rosto  
e ainda tem a questão do quatro olho segurado por um metal barato
virarei o outro lado para acabar...

O problema é que sou Ele sem ser EU...
Eu sou Nada...
Ou talvez seja demais para me comportar em um só corpo...
Eu que sinto e tenho que compreender sou deixado
para me tornar o que?...
O Toque não há de vir...pois não se toca o Nada...
O Nada não precisa de quatro letras para ser Nada...
Assim como o quatro olho...